Série – Depressão resistente

por | jun 14, 2024 | Depressão, Saúde Mental e Bem-estar | 0 Comentários

Hoje vamos falar de depressão resistente, você sabe o que é?
Diferente do transtorno de depressão maior, a depressão resistente é caracterizada quando já houve a tentativa – sem sucesso – de dois medicamentos via oral em períodos diferentes.

A depressão grave e a depressão resistente são diferentes, e isso acaba gerando muitas dúvidas sobre que caminho seguir. Já sabemos o que é depressão resistente e como identificá-la, e a depressão grave, é um episódio onde o paciente encontra-se em um risco maior.

A depressão resistente é caracterizada pela incapacidade de alcançar uma remissão completa dos sintomas depressivos, apesar de receber tratamento adequado e contínuo com antidepressivos. Os indivíduos que sofrem de depressão resistente podem experimentar sintomas debilitantes que afetam negativamente a qualidade de vida, incluindo tristeza persistente, falta de interesse em atividades prazerosas, fadiga, dificuldade de concentração e sentimentos de desesperança.

Não sabemos a causa definida da depressão resistente, mas podemos acreditar que uma combinação de fatores biológicos, genéticos e ambientais possa contribuir para o desenvolvimento desta condição. Além disso, condições médicas coexistentes, como doenças cardíacas e diabetes, e transtornos psiquiátricos coexistentes, como transtorno de ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático, podem complicar o tratamento da depressão e torná-la resistente à terapia.

Como podemos indicar o tratamento mais adequado?

O tratamento para a depressão resistente geralmente envolve uma abordagem multifacetada que pode incluir a otimização de medicamentos existentes, a adição de novos medicamentos, a psicoterapia e, em alguns casos, a infusão endovenosa de cetamina surge como uma alternativa atual, inovadora, segura e eficaz.

A forma como a cetamina age no cérebro de um paciente com depressão resistente é diferente em relação à ação dos antidepressivos convencionais. Enquanto os antidepressivos atuam no sistema nervoso, mais especificamente nas monoaminas, promovendo a normalização do fluxo de neurotransmissores, a cetamina atua diretamente em outra substância, chamada glutamato, e também auxilia no reparo e reconstrução de circuitos cerebrais, aumentando o número de sinapses. É como se ela produzisse uma ponte para que a comunicação entre eles fosse restabelecida.
A resposta à infusão de cetamina varia entre pacientes, mas geralmente, é bem ágil, podendo ocorrer em algumas horas após a infusão ou em alguns dias.

O planejamento e condução do tratamento são definidos no momento da consulta, não há uma regra, pois cada caso é único.
A depressão é uma doença e responde de forma singular em cada paciente, não deixe de procurar ajuda nos primeiros sintomas.
Reforçamos que a indicação e aplicação da cetamina deve ser feita por médico anestesista e dentro de ambiente hospitalar.
Se ainda tiver dúvidas, não deixe de nos contatar.

Referência:
https://journals.sagepub.com/doi/epub/10.1177/07067437241245384

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