A depressão é um problema de saúde mental sério que atinge milhões de pessoas no mundo inteiro. É muito mais do que apenas se sentir triste: trata-se de um transtorno do humor que traz uma tristeza profunda e persistente, perda de interesse pelas coisas que costumavam dar prazer, alterações no sono e no apetite, além de uma dificuldade constante para se concentrar. Saber diferenciar a depressão da tristeza comum é fundamental para buscar a ajuda necessária.
A tristeza, por sua vez, é uma resposta natural a momentos difíceis — a perda de alguém querido, uma frustração, um erro no trabalho. Ela pode ser dolorosa e intensa, mas, com o tempo, costuma ir embora. A vida volta ao normal, e o que parecia pesado aos poucos vai se tornando mais leve.
A depressão, no entanto, é mais profunda e duradoura. Ela nem sempre vem com uma razão aparente e, quando aparece, parece tomar conta de tudo. Não é algo que simplesmente “passa com o tempo”.
Como identificar os sinais da depressão?
Sintomas emocionais:
- Tristeza constante: um sentimento de vazio ou melancolia que persiste por semanas.
- Perda de interesse: coisas que antes davam prazer — como hobbies, atividades sociais ou até o trabalho — deixam de ter graça.
- Culpa ou inutilidade: pensamentos negativos sobre si mesmo, que surgem com frequência e sem motivo claro.
Sintomas físicos:
- Alterações no apetite: ganho ou perda de peso significativos sem intenção.
- Problemas no sono: dificuldade para dormir ou sono em excesso.
- Cansaço extremo: uma sensação constante de exaustão, mesmo sem esforço físico.
Sintomas cognitivos:
- Dificuldade de concentração: problemas para focar em tarefas simples ou tomar decisões.
- Pensamentos suicidas: ideias recorrentes sobre morte ou sobre “sumir” como forma de escapar da dor.
Sintomas comportamentais:
- Isolamento social: afastamento de amigos, familiares ou colegas.
- Baixa produtividade: dificuldade em realizar tarefas do dia a dia, no trabalho ou em casa.
Um estudo feito por Kessler e Bromet (2013) mostrou que a depressão é muito comum e pode se manifestar de maneiras diferentes ao redor do mundo. Ela tende a ser persistente e, em muitos casos, recorrente, o que significa que pode aparecer mais de uma vez ao longo da vida.
Diversos fatores sociais e econômicos, como baixa escolaridade, gravidez na adolescência, separações conjugais ou falta de estabilidade no trabalho, estão ligados ao desenvolvimento e à persistência da depressão em diferentes culturas. Quando a depressão se associa a problemas no casamento, no trabalho ou na situação financeira, o risco de desenvolver outros problemas de saúde aumenta — assim como o risco de mortalidade precoce, seja por doenças físicas ou pelo suicídio.
Por isso, reconhecer a depressão e buscar ajuda não é apenas importante: pode ser um ato que salva vidas.
Aqui em nosso blog, você encontra diversos artigos sobre depressão e em minhas redes sociais (@cetamina) falo sobre isso todos os dias.
É possível transformar o seu caminho e encontrar a remissão de sintomas persistentes.
Reforçamos que a indicação e aplicação da cetamina deve ser feita por um médico anestesista e dentro de ambiente hospitalar.
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Referência:
Kessler, R. C., & Bromet, E. J. (2013). The epidemiology of depression across cultures. Annual review of public health, 34, 119–138. https://doi.org/10.1146/annurev-publhealth-031912-114409