A cetamina, amplamente estudada e utilizada no contexto hospitalar, tem se destacado como um tratamento inovador para doenças psiquiátricas, como depressão resistente, transtorno bipolar, transtorno de ansiedade, ideação suicida e dor crônica.
Mesmo com estudos recentes e resultados promissores, muitas ideias equivocadas ainda persistem. E hoje, vamos explorar alguns mitos e verdades sobre a cetamina.
Mito 1 – Os efeitos da cetamina são imediatos
Verdade – A cetamina pode, sim, proporcionar um alívio rápido dos sintomas, especialmente em pacientes com depressão resistente ou ideação suicida, muitas vezes em poucas horas após a administração.
Mito 2 – A cetamina é perigosa e não deve ser usada para tratar doenças psiquiátricas
Falso – Como qualquer medicamento, a cetamina pode ter efeitos colaterais, mas quando administrada por médico anestesista capacitado, os benefícios superam significativamente os riscos. Estudos clínicos mostram que a cetamina é uma opção viável e segura para tratar doenças como depressão resistente, com efeitos colaterais manejáveis, especialmente se comparada a outros tratamentos mais invasivos.
Mito 3 – Os efeitos da cetamina são duradouros
Depende – O tratamento consegue abreviar a duração do episódio depressivo atual, e em muitos casos o tratamento promove o fim do episódio e em outros casos é necessário um tratamento de alguns meses com infusões e manutenção para alcançar o fim do episódio depressivo atual.
Mito 4 – O tratamento com cetamina é experimental e não é seguro
Mentira – A cetamina tem sido amplamente estudada em ensaios clínicos e aprovada para uso médico em ambientes hospitalares. Seu uso em psiquiatria, principalmente no tratamento de depressão resistente, segue protocolos rigorosos. Durante a administração, o paciente é monitorado em tempo integral por uma equipe especializada, garantindo a segurança do tratamento.
Mito 5 – A cetamina só é usada em último recurso
Mentira – Embora seja comumente indicada para casos de depressão resistente, a cetamina não é necessariamente o último recurso. Ela pode ser recomendada quando os tratamentos convencionais não têm os resultados esperados, mas pode também ser considerada uma alternativa viável em situações de ideação suicida ou para aliviar sintomas, de acordo com a escolha do paciente e atuando de forma mais rápida.
Mito 6 – Qualquer profissional da saúde pode administrar cetamina
Mentira – A cetamina, quando usada para tratamento psiquiátrico, é administrada exclusivamente em ambientes hospitalares ou clínicos, com acompanhamento integral de um médico anestesista. A administração é complexa e exige monitoramento contínuo para garantir que a dose e a resposta do paciente sejam adequadas, além de garantir total segurança durante o tratamento.
Desde 2017, o Dr. Tiago Gil (CRM/SP 157384 RQE 64.781), médico anestesista, fundou o Centro de Cetamina, que é especializado no tratamento com infusão endovenosa de cetamina. Conforme a bula e a regulamentação na Anvisa, o procedimento é realizado em um hospital com o acompanhamento do médico anestesista durante todo o período.
A cetamina representa uma nova esperança para aqueles que sofrem de depressão resistente ao tratamento. Com o uso adequado e a supervisão médica, a cetamina pode ser uma ferramenta valiosa na luta contra a depressão.
Se ainda tiver dúvidas, entre em contato conosco!
Referências
Gil, Tiago, & Bonetti, T. C. S. (2024). Efficacy of intravenous esketamine in reducing suicidal ideation and major depressive symptoms: A real-world evidence study. Journal of Affective Disorders Reports, 17, 100809. https://doi.org/10.1016/j.jadr.2024.100809